O FETO
O FETO
Vejo que invades meu íntimo
Sem ao menos me pedir licença.
És a Criatura por nós esperada
Crescendo e alargando meu ventre,
Enchendo-me de um líquido envolvente
A borbulhar em minhas entranhas
Trazendo-me a paz, sossego e a felicidade
Que tanto preciso.
Pequenino estás dentro de mim,
Desenvolvendo teus pequenos órgãos,
Com a ajuda maternal deste meu ser.
És puro, cristalino e reluzente.
A cada dia brilhas neste cenário
De escuridão que é o meu corpo,
Reluzindo e transportando neste semblante
A glória de ser Mãe mulher.
Serás muito bem vindo,
Como fostes ao ser concebido,
Regado de muito amor
Daqueles que tanto te ama.
Vem,
Vem filho meu,
Deixas de palpitar este velho coração,
Nesta ansiedade desta gestação,
E saltas para o maravilhoso mundo
Que tanto te espera.
Maurice Astaire