O FETO

O FETO

Vejo que invades meu íntimo

Sem ao menos me pedir licença.

És a Criatura por nós esperada

Crescendo e alargando meu ventre,

Enchendo-me de um líquido envolvente

A borbulhar em minhas entranhas

Trazendo-me a paz, sossego e a felicidade

Que tanto preciso.

Pequenino estás dentro de mim,

Desenvolvendo teus pequenos órgãos,

Com a ajuda maternal deste meu ser.

És puro, cristalino e reluzente.

A cada dia brilhas neste cenário

De escuridão que é o meu corpo,

Reluzindo e transportando neste semblante

A glória de ser Mãe mulher.

Serás muito bem vindo,

Como fostes ao ser concebido,

Regado de muito amor

Daqueles que tanto te ama.

Vem,

Vem filho meu,

Deixas de palpitar este velho coração,

Nesta ansiedade desta gestação,

E saltas para o maravilhoso mundo

Que tanto te espera.

Maurice Astaire

Pepe Mauricio
Enviado por Pepe Mauricio em 04/10/2012
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