Álibi
Infinitas vezes a possibilidade de voltar ser verão
Da pedra fundamental não se verá o que não há
Pois elas perderam o rumo diante da insipidez prática
A ausência despercebida igualada a presença caótica
Ir, voltar ou ficar em nada importa na elaborada receita
A pomba perdeu as asas lá em cima, bem lá no alto
Agora não sabe descer e nem sabe se quer descer
O solo perdeu sua gentileza após tanto destrato
A pedra atirada errou o alvo e feriu a água mansa
O erro na mira foi tão amador, mas devastou tudo além
Todas as letras sequencialmente belas e nunca vivenciadas
Não se sentiu a lágrima e nem a contração do riso na face
A vida vem sendo igualada a morte forjada por um álibi
Se há uma paisagem é de papel colado numa parede
Não há mesmo o que entender, porque há nada ali
No vazio as mãos buscam tocar em retas e ondulações
Exposto a luz, nem mofo encontrou-se no acaso do vácuo
Certo ar viciante tomou conta do oco e permanece estático
Ficou uma coisa de areia nos olhos que arranha incomodando
Um caso onde o engano foi eficaz demais e já não importa
A ilusão ou a credibilidade dada a ela é um simples enigma
Segredinho tolo do que é o que é que não há quem não saiba
Logo depois de muito piscar sobra nada não, nenhum cisco
Essa coisa, a que tanto querem se agarrar furiosamente,
Para tantos não passa de uma tortura constante e obtusa
Apenas uma longa espera de quando já não será imposição
Então a pomba talvez use seu tempo se preocupando com asas,
Ou descubra que o lugar que importa seja só lá, bem no alto
O milho e miolo de pão acabaram há muito, muito tempo
Junto à arte do poeta que se entediou até silenciar os dias
...então sobrevieram-lhe os dias brancos em branco puríssimo.
Infinitas vezes a possibilidade de voltar ser verão
Da pedra fundamental não se verá o que não há
Pois elas perderam o rumo diante da insipidez prática
A ausência despercebida igualada a presença caótica
Ir, voltar ou ficar em nada importa na elaborada receita
A pomba perdeu as asas lá em cima, bem lá no alto
Agora não sabe descer e nem sabe se quer descer
O solo perdeu sua gentileza após tanto destrato
A pedra atirada errou o alvo e feriu a água mansa
O erro na mira foi tão amador, mas devastou tudo além
Todas as letras sequencialmente belas e nunca vivenciadas
Não se sentiu a lágrima e nem a contração do riso na face
A vida vem sendo igualada a morte forjada por um álibi
Se há uma paisagem é de papel colado numa parede
Não há mesmo o que entender, porque há nada ali
No vazio as mãos buscam tocar em retas e ondulações
Exposto a luz, nem mofo encontrou-se no acaso do vácuo
Certo ar viciante tomou conta do oco e permanece estático
Ficou uma coisa de areia nos olhos que arranha incomodando
Um caso onde o engano foi eficaz demais e já não importa
A ilusão ou a credibilidade dada a ela é um simples enigma
Segredinho tolo do que é o que é que não há quem não saiba
Logo depois de muito piscar sobra nada não, nenhum cisco
Essa coisa, a que tanto querem se agarrar furiosamente,
Para tantos não passa de uma tortura constante e obtusa
Apenas uma longa espera de quando já não será imposição
Então a pomba talvez use seu tempo se preocupando com asas,
Ou descubra que o lugar que importa seja só lá, bem no alto
O milho e miolo de pão acabaram há muito, muito tempo
Junto à arte do poeta que se entediou até silenciar os dias
...então sobrevieram-lhe os dias brancos em branco puríssimo.