Rabisco de Giz

Sentado na varanda,

busquei o silêncio sincero das manhãs.

Meus olhos vagavam pelo jardim feito o vento

quando comecei a desenhar uma parte do mundo no quintal.

Então, logo veio a chuva e lavou parte de minha travessura.

Guardei comigo o giz e esperei a tempestade passar

Naquela manhã, percebi porque sonhos não se realizam

porque vidas, amores e projetos ficam pela metade.

Foi quando voltei a desenhar no chão debaixo da chuva.

Meu desenho se desmanchava antes mesmo que eu pudesse ver a sua forma.

E assim que a chuva acabou

haviam apenas rabiscos no chão.

Se olhares bem,

eu não poderia ter ficado na varanda,

pois em minhas mãos havia giz para rabiscar o quintal.

Deni Sales
Enviado por Deni Sales em 02/10/2012
Código do texto: T3912425
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