Rabisco de Giz
Sentado na varanda,
busquei o silêncio sincero das manhãs.
Meus olhos vagavam pelo jardim feito o vento
quando comecei a desenhar uma parte do mundo no quintal.
Então, logo veio a chuva e lavou parte de minha travessura.
Guardei comigo o giz e esperei a tempestade passar
Naquela manhã, percebi porque sonhos não se realizam
porque vidas, amores e projetos ficam pela metade.
Foi quando voltei a desenhar no chão debaixo da chuva.
Meu desenho se desmanchava antes mesmo que eu pudesse ver a sua forma.
E assim que a chuva acabou
haviam apenas rabiscos no chão.
Se olhares bem,
eu não poderia ter ficado na varanda,
pois em minhas mãos havia giz para rabiscar o quintal.