Poeta, alguém há de ler...
Poeta, alguém há de ler o seu verso, pode crer. Quando na solidão da luz, ou na imensa escuridão da cruz, seu verso lhe conduz pela senda do amor, dando alento ao coração desatento. É a voz do seu eterno dom no momento certo de inspiração de amor, ou de lamento a tirar-lhe do tormento com o aumento da sua própria gratidão. Sem se aperceber autopoetisa, isto já é grandioso, posto estar acompanhado, lado a lado por anjos alados quais vão lhe interceder. Esses querubins e serafins vão fremir aos corações alheios, seu verso à belíssima canção o qual sequer pode sentir ou entender. Poeta, não precisa entender, basta sentir o prazer de se fazer cumprir sua missão à compaixão daquele que o ler, mesmo que seja somente a sua alma ao alvorecer à paz da calma.
Poeta, enquanto, muitos têm seus bens materializados, você os traz entranhados, ou impregnados no seu universo, repleto de relíquias em si guardadas.
Alguns boçais achando-se os tais criticam o seu voo sonhador. Poeta, realmente voa à brisa da eterna paz. A sua poesia etérea é eterna, porém, a matéria é apenas mera matéria que em curto tempo se desfaz.
Poeta você é feliz, pois, a musa lhe ama!