Confesso
 
Confesso que longe
na madrugada fria
Ainda...
Pronuncio o teu nome
Como se sonhasse a confissão
onde a espera o doce descanso,
 abrigo do forte temporal.
Mas...
Porque não chove hoje sem perdão,
e não se faz a noite diluviana,
com esse manancial de emoção,
imanente e tão pungente,
na urgência imperiosa de te pressentir? 
Divisar entre as gotas, um perfil 
que vai passando, mão que se mexe 
num aceno de graciosidade e encanto,
como quem atravessa o mundo
e volta sempre , por um segundo
para saudar um gesto breve
e desaparecer depois na bruma...
Não, não sou estrela, nem farol
nem tenho o brilho da Lua 
Mas espero, sentada no futuro
e sei que virás por um instante,
cometa errante, sorriso indefinido
onde mesclas, puro, o amor teu.
Virás...
 mas de ti só terei 
esparsas palavras sopradas
semeadas com alento...
E então depois silêncio.
 
 
Diana Enriquez





Maksim Mrvica -  Still Water





 
Brisa Solitaria
Enviado por Brisa Solitaria em 01/10/2012
Código do texto: T3910345
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.