Alvas cãs em dia gélido

Amanheceu enfarruscado, cinco graus cravados, mas apesar de congelado, alegrou-se, pois, postaram-se ao seu lado, seus amados netos encabulados. Velho; já enferrujado não se fez de discreto, tampouco, de rogado. Teve de saltar de lado, sem negligenciar o fato de as crianças estarem revoltadas...

- Vô:

- Por que temos de ir à escola?

Com este frio não dá nem pra jogar bola, ora bolas...

Percebeu certa ironia naquela fantasia, pelos pirralhos, elaborada.

- Seria chantagem pra levar vantagem sobre o velho avô sonado?

Quiçá, estivessem enganados, cabelos alvos, provectos, e jamais oxigenados. Era a beleza esculpida pela velha e sábia natureza, a fazer a diferença, perante a pujante beleza daquelas crianças. Crianças que vêem pela protuberância, que avança às visões da geração zê...

Para tudo tem algum motivo ativo e marcado. Analisou seus livros meio enxovalhados, e atentou às matérias pelos mestres assinaladas... Chamou-os à atenção para sentir deles a educação.

- Vovô olhe às notas e note, ou se quiser, anote para não nos dar boicotes.

O velho arqueado ao sonido natural à peiote, ao olhar de suas velhas meninas, com efeito de mescalina. Foi logo lhe abrindo a mente da velha cortina.

As notas eram máximas.

E o avô, foi jogar bolas com as felizes crianças, elas eram de gude...

jbcampos
Enviado por jbcampos em 27/09/2012
Reeditado em 01/10/2012
Código do texto: T3904086
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