Alvas cãs em dia gélido
Amanheceu enfarruscado, cinco graus cravados, mas apesar de congelado, alegrou-se, pois, postaram-se ao seu lado, seus amados netos encabulados. Velho; já enferrujado não se fez de discreto, tampouco, de rogado. Teve de saltar de lado, sem negligenciar o fato de as crianças estarem revoltadas...
- Vô:
- Por que temos de ir à escola?
Com este frio não dá nem pra jogar bola, ora bolas...
Percebeu certa ironia naquela fantasia, pelos pirralhos, elaborada.
- Seria chantagem pra levar vantagem sobre o velho avô sonado?
Quiçá, estivessem enganados, cabelos alvos, provectos, e jamais oxigenados. Era a beleza esculpida pela velha e sábia natureza, a fazer a diferença, perante a pujante beleza daquelas crianças. Crianças que vêem pela protuberância, que avança às visões da geração zê...
Para tudo tem algum motivo ativo e marcado. Analisou seus livros meio enxovalhados, e atentou às matérias pelos mestres assinaladas... Chamou-os à atenção para sentir deles a educação.
- Vovô olhe às notas e note, ou se quiser, anote para não nos dar boicotes.
O velho arqueado ao sonido natural à peiote, ao olhar de suas velhas meninas, com efeito de mescalina. Foi logo lhe abrindo a mente da velha cortina.
As notas eram máximas.
E o avô, foi jogar bolas com as felizes crianças, elas eram de gude...