Esperança
Salvador, 27 de setembro de 2012
No fundo da minha alma uma pequena chama bruxuleante ainda teima e resiste ao tempo, que a tudo enferruja, devasta, apaga. A luzinha, com fôlego alimentado pelo sonho e pela imaginação, balouça frágil, mas assim mesmo se mantém pulsante. Enquanto houver elementos mnemônicos que reacendam resquícios de um passado cada vez mais diluído e fugidio, ela estará firme, altiva, guerreira, queimando o pouco que resta do oxigênio.
Mais dia menos dia a flecha certeira de um cupido desorientado pode se resvalar na direção da flama, deixá-la mais delicada e apressar o fim de seu opaco brilho. O resplandecer da luz já pode ser confundido com o piscar de uma estrela distante mil anos, de um corpo celeste que já não mais existe faz tempo. Mas, com ou sem energia; com ou sem motivos, o corpo luzidio brilhará, até que se apague a última gota de esperança.
Mais dia menos dia a flecha certeira de um cupido desorientado pode se resvalar na direção da flama, deixá-la mais delicada e apressar o fim de seu opaco brilho. O resplandecer da luz já pode ser confundido com o piscar de uma estrela distante mil anos, de um corpo celeste que já não mais existe faz tempo. Mas, com ou sem energia; com ou sem motivos, o corpo luzidio brilhará, até que se apague a última gota de esperança.
Salvador, 27 de setembro de 2012