HOJE
Hoje queria tirar algo de dentro de mim, pensei no coração que tanto me faz sofrer; resolvi que ele não era o culpado, vivia sofrendo, batendo descompassado, diminuindo o fluxo sanguíneo, aumentando a pressão, acabei me convencendo que apesar de tudo, ele apenas cumpria ordens.
Joguei a culpa nos olhos, afinal tudo começava com um olhar, mudei de opinião assim que as lágrimas escorreram... Eles também sofriam, quando não te via.
Imaginei os ouvidos que não escutavam o que eu dizia: Parem de escutar as lindas palavras que me iludem... Eles apenas escutavam, não tomavam decisões, deixei-os em paz.
Quanto ao nariz, sentia teu perfume que me embriagava, mas também na tua falta, respirava pesado, levando pouco ar aos pulmões que também não tinham animo para encher, descartei os dois...
A boca, esta sim deveria ser a culpada... Falava doces palavras, dava maravilhosos beijos, aumentando minha dependência, mas não, ela também tremeu, blasfemou, serrilhou os dentes, estes sempre inocentes, secou a garganta, também inocente, estava sofrendo também.
Minhas mãos que ao tocar-te levava-me aos céus, estavam tremulas, sem forças, não, não tinham culpa...
Meu Deus, fígado, rins, vesícula, bexiga, baço, intestino, estomago, esôfago, próstata, pênis, escrotos, pernas, pés, quem é o culpado deste sofrimento todo?
Sobrou apenas o cérebro, comandante supremo de todas as atividades, todas coisas boas passam por ele e as ruins também, culpado de não ter evitado o olhar, que te viu, os pés e pernas que caminharam até ti, a boca que te disse belas palavras, o nariz que sentiu teu cheiro, os ouvidos que ouviram tua boca, as mãos que te acariciaram... Comanda tudo, quase tudo, menos o coração, que se desmancha quando te vê, os ouvidos quando...
Hoje queria tirar algo de dentro de mim, pensei no coração que tanto me faz sofrer; resolvi que ele não era o culpado, vivia sofrendo, batendo descompassado, diminuindo o fluxo sanguíneo, aumentando a pressão, acabei me convencendo que apesar de tudo, ele apenas cumpria ordens.
Joguei a culpa nos olhos, afinal tudo começava com um olhar, mudei de opinião assim que as lágrimas escorreram... Eles também sofriam, quando não te via.
Imaginei os ouvidos que não escutavam o que eu dizia: Parem de escutar as lindas palavras que me iludem... Eles apenas escutavam, não tomavam decisões, deixei-os em paz.
Quanto ao nariz, sentia teu perfume que me embriagava, mas também na tua falta, respirava pesado, levando pouco ar aos pulmões que também não tinham animo para encher, descartei os dois...
A boca, esta sim deveria ser a culpada... Falava doces palavras, dava maravilhosos beijos, aumentando minha dependência, mas não, ela também tremeu, blasfemou, serrilhou os dentes, estes sempre inocentes, secou a garganta, também inocente, estava sofrendo também.
Minhas mãos que ao tocar-te levava-me aos céus, estavam tremulas, sem forças, não, não tinham culpa...
Meu Deus, fígado, rins, vesícula, bexiga, baço, intestino, estomago, esôfago, próstata, pênis, escrotos, pernas, pés, quem é o culpado deste sofrimento todo?
Sobrou apenas o cérebro, comandante supremo de todas as atividades, todas coisas boas passam por ele e as ruins também, culpado de não ter evitado o olhar, que te viu, os pés e pernas que caminharam até ti, a boca que te disse belas palavras, o nariz que sentiu teu cheiro, os ouvidos que ouviram tua boca, as mãos que te acariciaram... Comanda tudo, quase tudo, menos o coração, que se desmancha quando te vê, os ouvidos quando...