Pena Indomável
Quando visito as páginas dos escritores/poetas do RL, fico fascinada e sempre me pergunto: Por que não escrevo assim? Mas os que me encantam são aqueles que escrevem de forma camuflada, cheios de enigmas a instigar a inteligência dos leitores.
Queria tanto escrever assim, entre linhas, deixando os versos em incógnitas a desafiar o desempenho mental e a curiosidade de outros olhos.
Por inúmeras vezes comecei a compor um texto e ou poema com esta finalidade, mas minha pena é indomável, não se dobra às minhas vontades. Sempre começo à minha maneira, mas no decorrer das linhas ela inverte a situação e acaba discorrendo do jeito que quer ficando sempre com a última palavra.
Já tentei construir uma casa para o corpo poético, que fosse totalmente fechada e com apenas algumas brechas para feixes de luz... Mas a pena veio desafiadora e acabou por abrir todas as portas e janelas. Fiquei até feliz por ela não ter derrubado as paredes...
Ela se desnuda sempre desfilando abertamente, não gosta de esconder as palavras e nem encobrir as idéias. Anda à solta, livremente e totalmente rebelada. Já tentei contê-la por inúmeras vezes, mas já nasceu desobediente... Nunca acata minhas ordens e minhas vontades.
Outro dia tentei vestir as palavras, os versos e estrofes com vestidos recatados, com luvas e chapeus... Queria uma senhora apresentável, mas não consegui. Ela até que andou alguns passos, mas no caminho se despiu. Olhou-me desafiadora dizendo que não conseguia se esconder e nem sair mostrando só as pontas dos pés.
Resignada me curvo às vontades e escrevo do jeito que ela me ordena.
O que mais posso fazer...?
Queria tanto escrever assim, entre linhas, deixando os versos em incógnitas a desafiar o desempenho mental e a curiosidade de outros olhos.
Por inúmeras vezes comecei a compor um texto e ou poema com esta finalidade, mas minha pena é indomável, não se dobra às minhas vontades. Sempre começo à minha maneira, mas no decorrer das linhas ela inverte a situação e acaba discorrendo do jeito que quer ficando sempre com a última palavra.
Já tentei construir uma casa para o corpo poético, que fosse totalmente fechada e com apenas algumas brechas para feixes de luz... Mas a pena veio desafiadora e acabou por abrir todas as portas e janelas. Fiquei até feliz por ela não ter derrubado as paredes...
Ela se desnuda sempre desfilando abertamente, não gosta de esconder as palavras e nem encobrir as idéias. Anda à solta, livremente e totalmente rebelada. Já tentei contê-la por inúmeras vezes, mas já nasceu desobediente... Nunca acata minhas ordens e minhas vontades.
Outro dia tentei vestir as palavras, os versos e estrofes com vestidos recatados, com luvas e chapeus... Queria uma senhora apresentável, mas não consegui. Ela até que andou alguns passos, mas no caminho se despiu. Olhou-me desafiadora dizendo que não conseguia se esconder e nem sair mostrando só as pontas dos pés.
Resignada me curvo às vontades e escrevo do jeito que ela me ordena.
O que mais posso fazer...?