UM POEMA SÓ DE AMOR.

 

 

 

Enya me transporta suavemente para ti, e eu não sei o porquê dessa magia e encantamento com essa melodia que, ao ouvi-la sempre, eu mais me encanto por ti.

Senhora Minha Muito Amada, é inexprimível e inexplicável como esse amor nos emaranhou, de tal maneira que, já não podemos deixar de nos olhar embevecidos, sequer, por um dia.

Eu quero te dizer, Ó Minha Linda Senhora, que ao te escrever um poema assim como faço sempre, eu sou acometido de um padecimento muito grande, porque não posso dizer-te de viva voz.

Entretanto, ó Amada Senhora, é imensa a minha alegria, maior que uma campina sideral, em poder oferecer todos os dias um poema para ti.

Ao te propor hoje esse mal chamado poema de amor, lembrei-me Minha Amada Senhora que já tenho quase sessenta e cinco taboas, mesmo assim, desejo construir com as minhas próprias mãos um casebre para que, nele vivam comigo os teus belos olhos de mel que adoro e canto.

Em todos os poemas que componho, eu tenho e sempre me ocorre certa preocupação, em deixar chancelada ou estabelecida todas as minhas razões de te amar tanto.

Tu sabes, tu conheces que o lugar onde eu escrevo é uma torre, a minha torre dos sonhos, mas quando tangem os sinos da matriz, eu tenho medo de que eles me chamem, sem antes, poder mergulhar os meus tristes olhos nos teus lindos olhos.

Eu estou te escrevendo dessa forma plangente, assim como escrevia Alvarez de Azevedo, o mutável, só porque Minha Senhora Amada, o meu coração hoje amanheceu varado de saudades.

Nem pau, nem pedra, nem sequer uma sílfide, me fará desviar deste lindo caminho, essa vereda de amor que construíste para mim com os teus belos olhos.

Ó Minha Doce Amada, ainda temos que esperar por várias luas, para que tu possas me invadir com a tua boca abrasadora.

Enquanto isso, diga-me se ainda me queres com esses olhos noturnos de mel?

Ó Amada, lembra-te que eu te achei num túnel desconhecido, por isso, de ti se evola a inebriante fragrância do mundo.

 

 

 

 

 

 

 

 



Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 22/02/2007
Reeditado em 22/02/2007
Código do texto: T389842