CONVERSANDO COM O CORAÇÃO.
Por Carlos Sena
Por Carlos Sena
Às vezes o coração bate, mas não é de amor. Ao amor nem sempre competem os batimentos cardíacos, diante das suas sutilezas. Às vezes o coração bate também por amor. Mas, na maturidade, o coração bate por qualquer medo, por qualquer enredo, por qualquer movimento de rua. Bate pelo tempo que passou, bate pelo tempo que falta passar e, acima de tudo, bate por nada.
Às vezes o coração fica quietinho no seu lugar. Então, a gente fica querendo ficar no lugar dele só pra ver como ele se mantém diante das calmarias da vida. A vida é mesma assim e diferente disto não há vida, senão o mundo seria linear demais, certinho demais, ruim demais. O pior disto tudo é que o coração é sempre o culpado pelo nosso amor que se foi, pelo amor que não se foi, mas, que não é mais nosso. Culpa-se o coitado por tudo. A moto bateu e matou. Não foi a moto que matou, mas o coração que parou. O câncer dizimou. Não foi o câncer quem matou, mas o coração que parou.
Mas, coração também é poesia na sua tridimensionalidade: “passou o primeiro amor, passou o segundo amor, mas o coração ficou” (grifo do coração). Tem cor o pobre coitado? Tem sim. A cor do coração é a cor do pecado ou do perdão. É a cor da oração. Da ação é sempre a cor. Acordo entre o sim e o não, entre o sem, o com e o senão. Coração é livre transitar entre o ser e o não ser. Um baque, um toque, um mote e lá vai ele. Um palpitar, um palmilhar, um partilhar e lá está ele, em COR e em AÇÃO.
Pode ser que amanhã não tenha mais manhã. Meu coração gosta de manha, mas, um dia, não amamentará meu ego de terna caridade com a vida. Pode ser que não haja mais amanhã, porque chega a hora que ele, pobre coração, quer descansar. É no seu descansar que ele nos chama para lhe acompanhar no remanso do existir em outras dimensões. Pode ser que amanhã não seja; e que a gente se encontre por aí. Afinal, como na canção de Charles Chaplin, “se o ideal que sempre nos acalentou, renascerá em outros corações”...
Coração bom em vida não só bate. Às vezes apanha, mas, não se entrega aos dissabores que uma grande paixão acarreta. Talvez o coração preferisse jamais sofrer, mas ele entregou seu domínio pra nós. Nós que somos tão frágeis em nossa contrição de afeto, mas nos entregamos aos desafetos destinos que só o amor faculta em seus mistérios. Amanhã eu não sei se irei acompanhar o coração em sua jornada. Talvez depois de amanhã. Talvez agora.
Às vezes o coração fica quietinho no seu lugar. Então, a gente fica querendo ficar no lugar dele só pra ver como ele se mantém diante das calmarias da vida. A vida é mesma assim e diferente disto não há vida, senão o mundo seria linear demais, certinho demais, ruim demais. O pior disto tudo é que o coração é sempre o culpado pelo nosso amor que se foi, pelo amor que não se foi, mas, que não é mais nosso. Culpa-se o coitado por tudo. A moto bateu e matou. Não foi a moto que matou, mas o coração que parou. O câncer dizimou. Não foi o câncer quem matou, mas o coração que parou.
Mas, coração também é poesia na sua tridimensionalidade: “passou o primeiro amor, passou o segundo amor, mas o coração ficou” (grifo do coração). Tem cor o pobre coitado? Tem sim. A cor do coração é a cor do pecado ou do perdão. É a cor da oração. Da ação é sempre a cor. Acordo entre o sim e o não, entre o sem, o com e o senão. Coração é livre transitar entre o ser e o não ser. Um baque, um toque, um mote e lá vai ele. Um palpitar, um palmilhar, um partilhar e lá está ele, em COR e em AÇÃO.
Pode ser que amanhã não tenha mais manhã. Meu coração gosta de manha, mas, um dia, não amamentará meu ego de terna caridade com a vida. Pode ser que não haja mais amanhã, porque chega a hora que ele, pobre coração, quer descansar. É no seu descansar que ele nos chama para lhe acompanhar no remanso do existir em outras dimensões. Pode ser que amanhã não seja; e que a gente se encontre por aí. Afinal, como na canção de Charles Chaplin, “se o ideal que sempre nos acalentou, renascerá em outros corações”...
Coração bom em vida não só bate. Às vezes apanha, mas, não se entrega aos dissabores que uma grande paixão acarreta. Talvez o coração preferisse jamais sofrer, mas ele entregou seu domínio pra nós. Nós que somos tão frágeis em nossa contrição de afeto, mas nos entregamos aos desafetos destinos que só o amor faculta em seus mistérios. Amanhã eu não sei se irei acompanhar o coração em sua jornada. Talvez depois de amanhã. Talvez agora.