Promessas

Como um último cigarro

bastante então um copo de vinho

como um último beijo

bastante até um próximo olhar

como um último sono

bastante até o próximo despertar

O que seria de nós sem as promessas?

Vazios

como um copo a espera do próximo encher

como pessoas que não sabem o valor de viver

Até a próxima eu sempre digo

por que sei que não existe adeus

E não há promessa sem quebra

por isso vivo sem culpa

por isso vivo e não assisto

e meu único desespero e de não viver.

Não digo que não acreditem

digo que não se atenham e vão me ter

não existe imortal e para sempre

existe inesquecível e até o presente

e saber disso é apenas prometer

é disso que vivemos,

esperando o próximo espasmo

e a próxima respiração

até que não esteja mais lá!

Clóvis Correia de Albuquerque Neto
Enviado por Clóvis Correia de Albuquerque Neto em 18/09/2012
Código do texto: T3887398
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