= Caminhos da vida =
Vou caminhar... Por horas, entre pedras... Outras horas, na orla do mar.
O que é a vida, senão uma longa jornada!
Apronto-me, busco o meu alforje, coloco as ferramentas.
Apenas o trivial... Todos os meus desejos e sentimentos!
Bagagem nas costas e lá vou eu, para mais um dia de caminhada.
Quem com o amor caminha encontrar, ainda que nas adversidades, a essência da felicidade.
O desamoroso para pelo caminho, maldizendo a tudo e a todos... Arqueado pelo peso dos ressentimentos, segue tomando do seu próprio veneno.
Não articulo nem o bem e nem o mal, sei que tudo virá ao seu tempo.
A cada encontro uma nova missão e em cada uma delas o amor se faz presente.
Muitas vezes, luto ferozmente contra os terríveis dragões!
Abro o alforje busco a sanidade, arregalo os olhos e vejo, não são dragões são apenas moinhos de vento.
Vou à busca da minha doce Dulcinéia... Dela sinto apenas o ardor de um amor a ser vivido.
Não posso parar, tenho que seguir em frente...!
Meu caminho se estreita, afunila, enche de pedras, lamas e espinhos e do alforje retiro as ferramentas adequadas a aqueles momentos.
Rolo, arrasto machuco, procuro o melhor sentimento;
Agarro-me a esperança irmã gêmea do amor.
Atravesso e caio em terra neutra. Repouso-me a sombra da razão.
A esperança e o amor sustentam as minhas pernas alquebradas pela descrença; cura o meu coração machucado pelo sofrimento. Com o auxílio de uma bengala, continuo a caminhada.
E, finalmente restabeleço-me... Calejado e fortalecido, reencontro com a minha felicidade e tudo fica lindo, colorido e o vento sopra um soneto de amor.
Pego uma carona em meus sonhos, vou à busca de minhas quimeras e encontro você, mulher, materializada... Então, viveremos tudo que o amor tem de melhor e juntos continuaremos seguindo radiantes!
Antônio José Tavares. (Tonho)