Sem título, sem nada

Quantos sorrisos me roubei? Quantas lágrimas me fiz derrubar? Quantas vezes me isolei? Quantas vezes a convivência comigo mesma se tornou insuportável? Quantas vezes me neguei a me olha no espelho? Quantas vezes senti vergonha de mim? Quantas vezes quis sumir de mim?

Quantas vezes pensei em pôr um fim em tudo? Quantas vezes quis gritar e calei? Quantas vezes quis calar e gritei? Quantas vezes gritei e ninguém me escutou? Quantas vezes me escondi no meu silêncio? Quantas vezes meus olhos falaram por mim e ninguém os decifrou?

Quantas vezes quis sair correndo? Quantas vezes me perdi no labirinto que eu mesma criei em meu ser? Quantas vezes as lágrimas foram as minhas únicas companheiras? Quantas noites passei em claro tentando encontrar uma solução? Quantas vezes cair e tive que me reerguer só?

Quantas vezes quis, somente, um olhar de compreensão, e recebi um que repreendia? Quantas vezes quis ouvir algo que me aclamasse, e ouvir algo que por vezes me ensandeceu? Quantas vezes quis um abraço, e não o recebi? Quantas vezes me escondi em mim, e ninguém veio me procurar? Quantas vezes eu me perdi no caminho, e não tinha ninguém segurando minha mão, para indicar-me a direção?

Quantas vezes me anulei para fazer os demais felizes? Quantas vezes que eu só quis alguém que abrisse os braços para me acolher, e não encontrei ninguém? Quantas vezes quis ser entendida, e ninguém sequer me ouviu? Quantas vezes não quis sentir, nem entender nada?

Perguntas, perguntas… meu peito explode em perguntas sem respostas.Meu corpo começara a ceder aos meus apelos emocionais. A estrutura do meu ser está ruindo. A qualquer instante ela desaba. E não demora, não mais.

Scva
Enviado por Scva em 16/09/2012
Código do texto: T3885095
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.