O dedo
Estou complexado.
Fui amputado!
Perdi um membro?
Não sei, não me lembro.
Estou com medo,
Não fique imaginando,
Pois é apenas de um dedo
Que estou falando.
Foi só, uma falange;
Que a cabeça, do dedo abrange.
Doeu, como havia de doer,
Mas foi só a cabeça,
Parte mais sensível.
Pior, se toda a mão fosse.
Melhor ter intacta, a consciência,
Sem efeitos da dormência.
“Vão-se os anéis, ficam os dedos”.
Nova união, 2003. - Riedaj Azuos