Tempestade

De repente você vem

e ocupa todos os espaços.

Vem como quem vem de longe

e é impossível não avistar-lhe;

com esse jeito,

louca de amor e de saudade,

só de olhar dá medo.

Feito uma tempestade

você é de verdade;

e eu que não sou imortal

não consigo te evitar.

Tem as mãos suadas e macias,

a pele que combina melhor

com a minha boca;

faz o que quer,

é dona das noites

que eu posso ter;

é dona de mim!

Invade todas as portas

sem bater acaricia-me

com os olhos devora-me

com amor sacia-me.

eu, atravesso todos os desertos

com esses beijos de fogo;

nem te querer é a forma certa.

você aparece, vem, ama e some;

eu procuro por nós dois;

não te encontro

não me encontro.

Perto de ti Tempestade

que são mares, terremotos, vulcões, rios?

olhando para ti,

que hiroshíma que nada!

Você não domina,

mas rouba tudo o que tenho;

pior, você rouba e não leva.

e eu que não posso dizer nada

sou um vulcão

que quando te vê

entra em erupçâo.

Edmilson Cunha
Enviado por Edmilson Cunha em 14/09/2012
Código do texto: T3881457
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.