Desfolhando
 
Vaguei sem destino a procurar-te, como as flores noturnas que se abrem a noite.
Nas areias das praias desenhei seu nome, e o meu, e te amei!
 No meu silêncio te amara, em todos os meus dias e todas minhas noites.
 Os sentimentos vinham do fundo da minha alma, como um desencanto amargo.
De um amor nascido em tempos e dias errados.
 Num quarto vazio de um lar morto e frio chorei!
 Quase fui arrastada pelas folhas secas do outono.
E nos ventos de março, que sopram sem destino. Quase me perdi
nas curvas de um rio solitário e barrento.
E por cinzas frias a carpir enganos, em dias que se fazem
 anos. Meditei!
Como uma estrela descuidada que vaga sem destino te esperei.
A minha aflição em meus olhos nus, se via quando te olhei.
E minha alma esmorecia de amor, e nas tardes lentas pequei.
 Ficava de um jeito sombrio e pensativa a procura de um sonho,
e não queria despertar desse sonho que embriagava minha alma.

O mor passava e eu quase perdida  na minha frágil esperança.
Na angustia, na dúvida, no medo, me tranquei,e a tristeza selou meu coração.
Vivi esse amor entre sombras de sonhos e desejos, e o amor dormia em meu seio.
E movia os sonhos que o vento e o tempo levaram.
O meu espírito ardente de amor se vestiu, de um sonho vazio e sem segredos.
Você me desnorteava, mas, me completava nas noites de amor que foram tantas.
Da tua boca  destilava para mim lindas palavras de amor.
E pensamentos sensatos refluíram sobre mim e, na vertigem da minha paixão tudo passou como uma sombra de uma lembrança fugaz.
 
 
mariarayalvessilva
Rayalvessilva
Enviado por Rayalvessilva em 13/09/2012
Reeditado em 13/01/2018
Código do texto: T3880612
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