BEBERICANDO AS ILUSÕES

O vinho sobre a mesa

eu degustando a minha solidão

abraçado as minhas certezas

ali morava a consolidação.

Pensamentos retratavam o meu cepticismo

os quais me transportavam as carpideiras

que lamuriavam os seus mortos

que eram os meus de fato

sem lirismo.

A taça despojada sobre a mesa

reproduzia o meu vazio.

O isolamento bradava um silêncio algoz

que destonavam dos acordes do meu violão

que do seu silêncio

compactuava uma dor atroz

pisoteando à nossa consagração.

Cadeiras sobre-postas em um canto

assimilavam aos meus amontoados

acrescidos ao logro no meu recanto

valsando solo em meus sonhos de encantos.

Sons de violino serpenteavam sobre a minha embriaguez.

A briza bailava sobre o meu rosto

eram a pura insensatez

que cunhavam ao meu desgosto

em estar só

somente só,

com a minha viuvez.