A caminho de um tom

Distinta como a saudade soa meu peito em busca da verdade.

Dos olhos escusos veementes de dúvidas e da paz a qual pude conhecer.

Ofusco o caminho do passado a onde tudo que era nada se tornou mais,

não o suficiente para o pouco vivido, mas premente para o passado

construído.

Quisera chegar ao seu peito como aves em busca do sol, no entanto;

a luz ao qual queimava dentro de ti apagou-se, restando-me assim

a do seu olhar, obstante para sorrir, não para sonhar.

Sonho à qual subestimei como o tinido soar de um peito desconhecido

ao qual aprendi á orquestrar, não por querer, talvez por precisar.

Agora percorro a vereda do destino com o tom do seu peito e aos poucos

vejo minhas dúvidas virarem notas de saudade;

Do suave ao grave, notas que não voltam.

Nota-me para que sonhar seja obstante e mesmo que

meus sentimentos desafinem, nota-me para que eu possa seguir o som do seu peito.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 12/09/2012
Reeditado em 12/09/2012
Código do texto: T3877493
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