A caminho de um tom
Distinta como a saudade soa meu peito em busca da verdade.
Dos olhos escusos veementes de dúvidas e da paz a qual pude conhecer.
Ofusco o caminho do passado a onde tudo que era nada se tornou mais,
não o suficiente para o pouco vivido, mas premente para o passado
construído.
Quisera chegar ao seu peito como aves em busca do sol, no entanto;
a luz ao qual queimava dentro de ti apagou-se, restando-me assim
a do seu olhar, obstante para sorrir, não para sonhar.
Sonho à qual subestimei como o tinido soar de um peito desconhecido
ao qual aprendi á orquestrar, não por querer, talvez por precisar.
Agora percorro a vereda do destino com o tom do seu peito e aos poucos
vejo minhas dúvidas virarem notas de saudade;
Do suave ao grave, notas que não voltam.
Nota-me para que sonhar seja obstante e mesmo que
meus sentimentos desafinem, nota-me para que eu possa seguir o som do seu peito.