Quanta Bobagem...
Não sei de onde tiraram essa ideia errônea de se acreditar em que só conseguimos escrever coisas denominadas bonitas e sentimentais se estivermos apaixonados. Balela!
Não preciso eu mesmo estar sentindo tudo para que eu queira registrar na escrita. Claro que muitas vezes em momentos aflitos de crises existências eu apelo à escrita. Mas aí chegar a acreditar que tudo o que eu lhes escrevo é sobre minha pessoa é demais!
Hoje mesmo senti uma vontade enorme de escrever sobre tal pessoa. Irei escrever coisas lindas sobre ela, logicamente não irei dar pistas de quem seja, mas daqui, sei lá, um mês eu tenho toda a certeza deste mundo que nem me lembrarei de quem eu escrevi. Crio personagens o tempo todo, diálogos longuíssimos, prosas, trovas, poetrix, crônicas, contos, haikais, indrisos, redações, acrósticos, mas sabe tudo isto não tem muita importância quando chega o pensamento mútuo que engloba você na minha vida. Aí fico passível de fazer sentido, enrolo bastante para não entregar os pontos. Eu sei o quanto você sente prazer em tentar descobrir cada palavra e pontuação que escrevo. – Quando há você por perto eu entrego o jogo e tudo o que eu escrevo é extremamente sentimentalista e meu. Destes, eu não esqueço pra quem foi que eu escrevi. Não me canso de ler e reler, não me canso de sonhar. Ai quanta bobagem!
Logo mais você nem estará presente na minha vida. Ainda não entendi o porquê de eu tanto acreditar e insistir nessas ilusões platônicas criadas por mim mesmo.
Sinceramente... Eu me canso de mim, e é bem provável que você também