INCÓGNITO...

Quero pegar a estrada

Sem nenhum destino

Sentir a brisa no rosto

Voltar a ser menino

Andar descalço, roupa surrada

Não pentear os cabelos

Não fazer a barba

Não pensar para falar

Falar sem pensar

Não parar para pensar

Esquecer que há relógio

Passar incógnito

Esquecer dos compromissos

Não sentir falta disso ou daquilo

Parecer louco para alguém

Dormir num canto qualquer

No vagão de um trem

Ouvindo o barulho da ferrovia

Uma clara sinfonia

Que faz sentir-me bem

Deixar na bagagem da vida

Frustrações, lamentações

Decepções e despedidas

Nessa estrada sem destino

Quero encontrar com o meu

Verdadeiro Eu

Tirar o chapéu e reconhecer

Que fiz o que era certo...