Degredos

Degredos

Vanderli Granatto

Pra que viver em meio a tantos segredos?

Enredos às vezes, causam melindres.

Enveredam-se pelo ardil emaranhado

de mexericos; degredos.

Não adianta escondê-los por medo.

À luz do sol, um dia aparecem, tão logo, cedo.

Tristes hoje choram muitos carinhos,

sem ter onde entardecer, em perfeito ninho.

Nos nichos vazios, só angústia faz morada.

Cala-se a felicidade, prostrada na encruzilhada.

O desamor toma as rédeas do destino.

Sonhos voam em desatino,

Desarmonia no ar,

Sombras no pensar.

Grão de trigo empobrecido, coração ferido...

Gritar ou silenciar?

O amar está desaparecido,

diante de tanto sofrer desmerecido.

Vanderli

Em09/09/2012

Botucatu/SP