‘ Em todas as épocas e em todos os povos, sempre existiu um consenso unânime de um Ser Superior. Com o nome genérico de Deus, embora com denominações diferentes dentro de cada cultura.
Esse consenso humano faz a gente imaginar que o homem, vindo do mundo misterioso do nada, traz no coração a saudade do Ser que lhe deu a vida. E que, de uma forma ou de outra, volta sua atenção para esse passado infinito, como um cego que circula o olhar no escuro, na esperança de se surpreender com uma imagem desejada. Que nunca viu, mas que deseja ver. Ela deve estar escondida em algum lugar.
Não foi o olhar humano que descobriu Deus. Nem mesmo foi a razão. O primeiro lugar onde Deus morou nesta terra foi o coração humano. É o coração humano que sente sua falta e reclama sua presença. Como o cego que olha sem ver...