Muralhas

Às vezes penso que os homens que amei

são muralhas, porém feitas de água. Foram três, e todos perfeitamente parecidos e completamente diferentes: O primeiro parecia uma muralha intransponível e ainda por cima cercada de um material muito rijo,às vezes esta muralha parecia inclinar-se para mim e outras vezes se me arrasava como um tsumani.Hoje porém é um lago esquecido no meio de uma floresta tropical

sem que ninguém o olhe, às vezes eu o vejo,mais já não me causa impressão alguma.

O segundo homem que eu amei também era uma muralha de água, plácida, transparente de movimentos grandiosos e belos

de um espírito inquieto e inquietante

que às vezes trazia consigo uma dor e um amor sem igual... Hoje ainda embeleza a minha vida, nas lembranças, nos sonhos

e na imaginação do que poderia ter sido...

O terceiro e uma muralha de água cercada de mistérios para mim às vezes chegam a tocá-la e um pouco dela se debruça sobre mim o que me trás uma felicidade imensa

de outras vezes fica distante

mas me cerca, me envolve e me eleva. Os nossos encontros também são apenas ilusões, perdidos no

meio de um universo paralelo

onde se deve calar, sufocar e

simplesmente olhar. Para esta só me resta sorrir e pensar

se, algum dia vou desvendar este mistério...

Não sei, mas quero. Sobretudo sempre me lembrar o tanto que eu amei, que o espero nos sonhos, onde tudo e possível.

Perdê-lo para mim é me perder num corredor sem saída

embora seja preciso as minhas ultimas duas muralhas

quero dedicar os melhores sentimentos da minha juventude.

Debora Lyrio
Enviado por Debora Lyrio em 08/09/2012
Código do texto: T3872097
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.