Os anos contam mentiras... Essa idade não condiz com o meu eu.
O espelho reflete a imagem distorcida, do que aprendi ser ao longo da vida.
Os meus olhos... Bem sei pouco vêem, do muito que já viram.
Faz-me fechá-los o cansaço... Abertos, muitas vezes é laço.
Lentos são os meus passos, pés calejados pelas pedras recebidas na caminhada.
A minh’alma é jovem, inquieta, atleta, mergulha no oceano do meu eu... Nada a cata de tesouros submersos... que o tempo transformou em nada. Alguns, pairados na areia fina e branca, outros, escondidos em cavernas; tenho fôlego – os buscarei!
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