Vaga mente
A mente vaga pelo submundo de pensamentos vazios
E cheios de significação
Minha liberdade agora é límpida. Crua
O conteúdo da vivência infiltra-se nos nichos da memória
Hei de continuar esta extensa jornada?
Sei que o fim está próximo; quem não?
Meus devaneios são interrompidos como o coito
E abortados como um feto mal formado
Lamento a mediocridade da existência,
Que sem ela eu não seria nada – nada
No cotidiano tento costurar os sentidos
Livres da lembrança e do desânimo
Que é este espírito que me aflige?
Tortura-me por dentro, me consumindo
Torna o ser tão complicado,
Sonhando com a realidade por fora?
Quem sabe não é nada além de nada
Afogar-me em sinapses por pura vontade
Pois sei que ás vezes o mundo tem razão
Ou não é que mente vazia é oficina do Diabo?