Vaga mente

A mente vaga pelo submundo de pensamentos vazios

E cheios de significação

Minha liberdade agora é límpida. Crua

O conteúdo da vivência infiltra-se nos nichos da memória

Hei de continuar esta extensa jornada?

Sei que o fim está próximo; quem não?

Meus devaneios são interrompidos como o coito

E abortados como um feto mal formado

Lamento a mediocridade da existência,

Que sem ela eu não seria nada – nada

No cotidiano tento costurar os sentidos

Livres da lembrança e do desânimo

Que é este espírito que me aflige?

Tortura-me por dentro, me consumindo

Torna o ser tão complicado,

Sonhando com a realidade por fora?

Quem sabe não é nada além de nada

Afogar-me em sinapses por pura vontade

Pois sei que ás vezes o mundo tem razão

Ou não é que mente vazia é oficina do Diabo?

Lucas Leonel
Enviado por Lucas Leonel em 07/09/2012
Código do texto: T3869910
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