Papel em branco...
SOL Figueiredo
Papel, uma simples folha de papel carrega nela tanta história... Histórias de amor: certidão de casamento, de nascimento, escrituras, poesias, contos, bilhetes, cartas e outras tantas... Histórias tristes: separações, divórcios, atestados de óbitos...
No papel escreve-se tudo ou simplesmente nada, uma folha em branco! Ah, quem me dera ser agora uma folha em branco, não ter nenhuma folha escrita nas páginas da minha vida... Páginas tristes, borradas de lágrimas, manchadas pela dor, amassadas pelo tempo...
E lá vai, aquela folha de papel voando pela janela... Flutuando no balanço do vento, indo de um lado, para o outro, sem saber ao certo o caminho a seguir... Rodopiou conforme o rodamoinho que chegou ali, naquele momento. Rodou, rodou, rolou no chão como um pião...
Não, não pisa não! Não pisa na minha folha de papel, vai sujar, vai amassar, vai até rasgar... Ufa! Isso, pule e não deixe ela se partir...
Aí chegou a vassoura a arrastar a folha de papel de lá para cá... Até ela embolar... Não adiantou, ela se amassou... Também, depois de ser empurrada pela vassoura, em seguida para a pá de lixo! Coitada da minha folha! Não teve alternativa, deixou rolar...
E agora? Para onde irão levar minha folha? Naquele caminhão de lixo... Lixo?! Quem foi que disse que minha folha de papel é um lixo? Será? Será que a página da minha vida é um lixo?
Ou toda ela foi só um lixo reciclado, reaproveitado pelo tempo, reutilizado conforme o momento! Sim, uma vida em 3R’s: reciclagem, reaproveitamento e reuso. Uma trajetória de sofrimento, onde a dor fez parte desta história...
Puxa, que barato! A minha folha não foi para o lixão, nem foi incinerada... Sim, foi para a reciclagem, foi ser transformada em outra linda folha reciclada.
Olha só, essa folha foi fazer parte de um livro, um livro de poesias... Ficou linda, com palavras, versos e rimas... A folha de papel sentiu-se muito honrada por ter aprendido com tantas tempestades... Mas não houve vaidade, apenas um orgulho de ser uma nova folha, tão linda!
Pois, não é que ela viajou, viajou para outros mares... Não, ela não fala outra língua! E agora? A coitadinha está sofrendo... Ninguém entende o que está escrito nela! Nem deram seu real valor!
Pronto, foi parar de novo no lixo! Um livro que ninguém lê, pra quê? E lá foi... Pelo lixo a fora... E outro ciclo se inicia...
Então, compreendi que ninguém entendeu o que estava na página da minha vida. Tentaram até apagar, mas não havia borracha nem mesmo a tecla 'delete'!
Isso mesmo, o livro sumiu da estante e foi parar no lixo! Quem será que o jogou fora? Um covarde, decerto!!
Logo, veio a chuva e molhou tudo! A tinta borrou tanto!
Novo dia raiou e veio o Sol para a alegria de todos! Com seu calor, secou o tal livro. Quando secas, as páginas saíram voando conforme o ritmo do vento...
Pega! Pega a minha página! A pobre folha está tão tonta, por tanto rodopiar, que até veio parar no chão... E voou... Voou de novo, para mais longe!
Tão longe, que foi assim que ela ficou perdida... Ei, meu amigo leitor, se a encontrar por aí, ao seu lado, por favor, mande-me então uma carta escrita nela mesmo, para que eu nunca mais a perca...
O meu endereço é: Rua da Esperança, número mil, no condomínio da Solidão. Cidade de Versos Alegres, no estado do Rio das Palavras.
No papel escreve-se tudo ou simplesmente nada, uma folha em branco! Ah, quem me dera ser agora uma folha em branco, não ter nenhuma folha escrita nas páginas da minha vida... Páginas tristes, borradas de lágrimas, manchadas pela dor, amassadas pelo tempo...
E lá vai, aquela folha de papel voando pela janela... Flutuando no balanço do vento, indo de um lado, para o outro, sem saber ao certo o caminho a seguir... Rodopiou conforme o rodamoinho que chegou ali, naquele momento. Rodou, rodou, rolou no chão como um pião...
Não, não pisa não! Não pisa na minha folha de papel, vai sujar, vai amassar, vai até rasgar... Ufa! Isso, pule e não deixe ela se partir...
Aí chegou a vassoura a arrastar a folha de papel de lá para cá... Até ela embolar... Não adiantou, ela se amassou... Também, depois de ser empurrada pela vassoura, em seguida para a pá de lixo! Coitada da minha folha! Não teve alternativa, deixou rolar...
E agora? Para onde irão levar minha folha? Naquele caminhão de lixo... Lixo?! Quem foi que disse que minha folha de papel é um lixo? Será? Será que a página da minha vida é um lixo?
Ou toda ela foi só um lixo reciclado, reaproveitado pelo tempo, reutilizado conforme o momento! Sim, uma vida em 3R’s: reciclagem, reaproveitamento e reuso. Uma trajetória de sofrimento, onde a dor fez parte desta história...
Puxa, que barato! A minha folha não foi para o lixão, nem foi incinerada... Sim, foi para a reciclagem, foi ser transformada em outra linda folha reciclada.
Olha só, essa folha foi fazer parte de um livro, um livro de poesias... Ficou linda, com palavras, versos e rimas... A folha de papel sentiu-se muito honrada por ter aprendido com tantas tempestades... Mas não houve vaidade, apenas um orgulho de ser uma nova folha, tão linda!
Pois, não é que ela viajou, viajou para outros mares... Não, ela não fala outra língua! E agora? A coitadinha está sofrendo... Ninguém entende o que está escrito nela! Nem deram seu real valor!
Pronto, foi parar de novo no lixo! Um livro que ninguém lê, pra quê? E lá foi... Pelo lixo a fora... E outro ciclo se inicia...
Então, compreendi que ninguém entendeu o que estava na página da minha vida. Tentaram até apagar, mas não havia borracha nem mesmo a tecla 'delete'!
Isso mesmo, o livro sumiu da estante e foi parar no lixo! Quem será que o jogou fora? Um covarde, decerto!!
Logo, veio a chuva e molhou tudo! A tinta borrou tanto!
Novo dia raiou e veio o Sol para a alegria de todos! Com seu calor, secou o tal livro. Quando secas, as páginas saíram voando conforme o ritmo do vento...
Pega! Pega a minha página! A pobre folha está tão tonta, por tanto rodopiar, que até veio parar no chão... E voou... Voou de novo, para mais longe!
Tão longe, que foi assim que ela ficou perdida... Ei, meu amigo leitor, se a encontrar por aí, ao seu lado, por favor, mande-me então uma carta escrita nela mesmo, para que eu nunca mais a perca...
O meu endereço é: Rua da Esperança, número mil, no condomínio da Solidão. Cidade de Versos Alegres, no estado do Rio das Palavras.
© SOL Figueiredo
05/09/2012 - 23:55h