POEMA DO SOERGUIMENTO

Como é bom estar aqui e ver o sol nascer e se pôr a cada dia, num ritual encantador e cíclico.

Como vale a pena estar aqui e apreciar as montanhas com vento leve no rosto.

Vale a pena o sorriso e a pureza de uma criança. Experimenta amigo, essa fascinante experiência de olhar pra elas; mesmo em meio a dor, conseguem perdoar e se deixam ser acolhidas...

Acolhe tu também aqueles que te buscam em meio a dor...

E, se acaso és tu, aquele que busca aconchego e carinho, segue em busca amigo de braços amigos. Eles não te serão áridos. Serão oásis.

Serão frescor e leveza.

Como é bom em meio a tudo isso, no simples contemplar da natureza, poder encontrar forças para continuar lutando e vivendo num ressurgir a cada dia. O soerguimento é natural dos fortes, mesmo sem saber que o são. Mesmo que, em alguns momentos, também descansem embaixo da figueira suspirando por água e pão.

Como é bom, mesmo em paz, conseguir lutar contra as injustiças dos poderosos da arrogância e da insensatez dos homens.

Como é bom se abastecer dessa força vital do universo e seguir adiante nessa caminhada transitória...um pouco a cada dia...

Sê forte!! Não estás sozinho em teus sonhos de justiça. Descansa no regaço desse ombro amigo que te acolhe e te entende e que sonha junto contigo a leveza desse mundo. No alargar do amor...

Podes contagiar a todos com essa força e, mergulhado nela transformar vidas, incluindo a ti mesmo.

Sê forte!!

Patos, 5 de setembro de 2012.

Em meio às montanhas.

Dedicado a um amigo com sede de esperança...

Fátima Arar
Enviado por Fátima Arar em 06/09/2012
Código do texto: T3868724
Classificação de conteúdo: seguro