Contra a carência geral.
Quero sim um amor pra vida toda.
O tipo do amor que machuca, mas,
que também faz o trânsito de segunda não parecer tão ruim.
Que modifica até o ato de acordar,
que move, que transforma,
quero tanto,
que chego a sonhar.
Quem ousa discordar?
Se há de se desejar, que não seja pouco,
pois amor pouco, não é amor,
é conforto disfarçado.
É comodismo estampado
no “eu te amo” gélido e ingrato dos dias comuns,
e isso eu não quero não.
Sou sonhador meu amor.
Trago em mim o calor dos sentimentos,
não busco acolhimento num colo qualquer,
pra disfarçar solidão.