ASCO OU COMPAIXÃO???
Tenho asco (ou compaixão?) pelos vazios de toldo e chão,
que usam a roupagem alheia para enviar aos outros,
para agradar aos outros,
para fazerem bonito diante dos outros
porque o que têm para mostrar
é só a casca que é vendida
a módicas parcelas...
casca no espelho que o tempo destrói
e com que os vermes se fartarão um dia.
Narcisismo ofertado
ao incauto que se lhes vá na conversa (conversa roubada dos outros, por sinal)
pois são incapazes de formular um pensamento por si mesmos.
Agora, pobre mesmo, digno de pena,
é o velho carrilhão -- pobre por dentro e por fora
que doa seu canto à este tipo de água,
que se faz aprendiz, discípulo desse rio "programado"...
Rio que esconde suas pedras mais disformes e laminosas,
que esconde sob suas águas claras com aparência de paraíso
a lama, a atração e também a traição (fatal) ao sagrado
pois que não conhece esta palavra.
Águas que o que lambem, profanam - porque seu labor é meretrício. Os perspicazes podem lê-lo com todas as letras nas belas cartas que expõe no jogo.
Um rio que na noite dos tempos engolirá o velho carrilhão e seu dobre - um fatal dobre afinado e melodioso - que abrirá uma grande e dolorosa fenda de saudade nos que irão lamentar ele ter se fragmentado pelo que não valia um milímetro sequer da matéria de que ele era feito. Mas aí... já será tarde mais.
E só já não está lendo esse futuro nas estrelas, quem não quer.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (fb)
Tenho asco (ou compaixão?) pelos vazios de toldo e chão,
que usam a roupagem alheia para enviar aos outros,
para agradar aos outros,
para fazerem bonito diante dos outros
porque o que têm para mostrar
é só a casca que é vendida
a módicas parcelas...
casca no espelho que o tempo destrói
e com que os vermes se fartarão um dia.
Narcisismo ofertado
ao incauto que se lhes vá na conversa (conversa roubada dos outros, por sinal)
pois são incapazes de formular um pensamento por si mesmos.
Agora, pobre mesmo, digno de pena,
é o velho carrilhão -- pobre por dentro e por fora
que doa seu canto à este tipo de água,
que se faz aprendiz, discípulo desse rio "programado"...
Rio que esconde suas pedras mais disformes e laminosas,
que esconde sob suas águas claras com aparência de paraíso
a lama, a atração e também a traição (fatal) ao sagrado
pois que não conhece esta palavra.
Águas que o que lambem, profanam - porque seu labor é meretrício. Os perspicazes podem lê-lo com todas as letras nas belas cartas que expõe no jogo.
Um rio que na noite dos tempos engolirá o velho carrilhão e seu dobre - um fatal dobre afinado e melodioso - que abrirá uma grande e dolorosa fenda de saudade nos que irão lamentar ele ter se fragmentado pelo que não valia um milímetro sequer da matéria de que ele era feito. Mas aí... já será tarde mais.
E só já não está lendo esse futuro nas estrelas, quem não quer.
(Direitos autorais reservados).
Imagem: Super beautiful photos (fb)