Magnânimo tempo

O tempo passa tão rápido que nem me deixa tempo para ódio.

Passa com tanta voracidade, mas nem ao menos muda a saudade.

Vasto, tão vasto és, ''Magnânimo Tempo ''

Pois sem te ressentires..

Passas;

Passas como o vento;

Arrastando a imensidão das poeiras guardadas,

derrubando as folhas secas com intuito de vê-las crescer novamente..

Ao anoitecer, congelas as almas daqueles que te contestam,

para mostrar o por que vieste e mesmo sabendo que não mudarás o que sinto.

Passas!

Fazendo-me extenso para o passado e pouco para o amor que já vivi.

Tão malicioso quanto o mal em si, quiçá, bondoso por achar-me pouco.

De certa forma não tens culpa por fazeres o que a tii foi destinado, porém,

lhe culpo por ter perdido a melhor parte de mim, a pureza constante, o acreditar e mais, muito mais.

Desde a veemência de um sorriso que se esvaia sem relutâncias, a um amor que se iniciava com a constância notória da inocência.

Vai-te, cumpra o ciclo que tens de cumprir, irei manter-me firme, mesmo que seja preciso lutar contra o presente, julgar-me-ei menos ao teu passar.

Assim lembrarei que nada sou sem a bondade à qual um dia eu nem soube existir.

Sávio Soares
Enviado por Sávio Soares em 28/08/2012
Reeditado em 28/08/2012
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