Magnânimo tempo
O tempo passa tão rápido que nem me deixa tempo para ódio.
Passa com tanta voracidade, mas nem ao menos muda a saudade.
Vasto, tão vasto és, ''Magnânimo Tempo ''
Pois sem te ressentires..
Passas;
Passas como o vento;
Arrastando a imensidão das poeiras guardadas,
derrubando as folhas secas com intuito de vê-las crescer novamente..
Ao anoitecer, congelas as almas daqueles que te contestam,
para mostrar o por que vieste e mesmo sabendo que não mudarás o que sinto.
Passas!
Fazendo-me extenso para o passado e pouco para o amor que já vivi.
Tão malicioso quanto o mal em si, quiçá, bondoso por achar-me pouco.
De certa forma não tens culpa por fazeres o que a tii foi destinado, porém,
lhe culpo por ter perdido a melhor parte de mim, a pureza constante, o acreditar e mais, muito mais.
Desde a veemência de um sorriso que se esvaia sem relutâncias, a um amor que se iniciava com a constância notória da inocência.
Vai-te, cumpra o ciclo que tens de cumprir, irei manter-me firme, mesmo que seja preciso lutar contra o presente, julgar-me-ei menos ao teu passar.
Assim lembrarei que nada sou sem a bondade à qual um dia eu nem soube existir.