A quem me lê
Entre nós há um vínculo único, eterno, insondável. Depois que me conheceste, deixaste de ser somente tu, e agora, em tudo de ti, tem algo meu.
O brilho nos olhos de nossas amadas é o mesmo. Sentimos o mesmo amor. Provamos o mesmo sabor - áspero - da rejeição. As lágrimas que queimam em teu rosto saíram de meus olhos e o vazio que te preenche é o mesmo que expulsei de mim, escrevendo todos os versos, linhas e reticências que leste.
O elo de nossas almas são essas palavras, leitor. E ainda que todas as minhas linhas sejam queimadas, rasgadas, ou tão-somente deixadas de lado, elas permanecem impressas em tua alma. Pois minha alma é de tinta. A tua, de papel.
William G. Sampaio [27/08/2012]