Tudo é possível...
Numa linda manhã de sol o amor se renovou.
Horas passaram...
O arrebol do poente de nuança alaranjada aos poucos se tornou acinzentado.
Minha alma desesperada fez uma retrospectiva deste amor que parecia perpétuo.
A noite veio a galope com seu manto coberto pela penumbra, profetizando que tudo era possível.
Meu coração abriu-se num leque de dores. Este amor é como a lua que tem várias faces e fases. È de trajetória enigmática.
Na sua hegemonia trilhou por caminhos floridos, agora se acha numa fase oscilante.
Vivenciei este amor na linha do tempo entremeado de flores. Nasceu de um vulcão em erupção sem cheiro de lava, mas, de paixão. Vivi um disfarce e amarguei a espera da profecia.
Ao nascer os primeiros raios de sol fiquei a contemplar a fuga daquele prisioneiro, que pensei estar arraigado a minha essência. Como o orvalho se dissipou e estará sepultado para sempre.
Assim, este amor feneceu num eterno ir sem nunca mais voltar...