Ladainha_1
Ladainha
Há algo de podre neste reino.
Todos os dias, muitos morrem.
E a cidade fica mais vazia.
Todos os dias, muitos se corrompem.
E as pessoas ficam mais descrentes.
Todos os dias, muitos choram.
E impera o cheiro de mofo.
Todos os dias, muitos caem.
E o gesso se mistura ao cimento.
Todos os dias, muitos nascem.
E as perspectivas não melhoram.
Todos os dias, muito adoecem.
E a vida se parece com um grande hospital.
Todos os dias, muitos saram.
E prosseguem, com a saúde mutilada.
Todos os dias, muitos viajam.
E nem sempre conseguem retornar.
Há psicanalistas procurando os motivos do ódio.
Há assistentes sociais, procurando lenitivos da fome
Há professores, ensinando e desaprendendo.
Há alunos desaprendendo o aprender.
Há medos sem justificativas.
Há justificativas, sem razão.
Há razão sem argumentos.
Todos os dias muitos brigam.
E a violência fica mais forte.
Todos os dias, muitos lutam.
E as marcas sulcam a pele.
Todos os dias, muitos fogem.
Mas não de sua própria prisão.
Todos os dias, o ar poluido.
A água parecendo lama.
O barulho que ensurdece.
Todos os dias, imagens distorcidas.
No lugar do verde, o cinza.
No lugar do branco, o luto
No lugar do ouro, a ferrugem
No lugar do sonho, a realidade.
No lugar do sempre, o Adeus.
Ladainha
Há algo de podre neste reino.
Todos os dias, muitos morrem.
E a cidade fica mais vazia.
Todos os dias, muitos se corrompem.
E as pessoas ficam mais descrentes.
Todos os dias, muitos choram.
E impera o cheiro de mofo.
Todos os dias, muitos caem.
E o gesso se mistura ao cimento.
Todos os dias, muitos nascem.
E as perspectivas não melhoram.
Todos os dias, muito adoecem.
E a vida se parece com um grande hospital.
Todos os dias, muitos saram.
E prosseguem, com a saúde mutilada.
Todos os dias, muitos viajam.
E nem sempre conseguem retornar.
Há psicanalistas procurando os motivos do ódio.
Há assistentes sociais, procurando lenitivos da fome
Há professores, ensinando e desaprendendo.
Há alunos desaprendendo o aprender.
Há medos sem justificativas.
Há justificativas, sem razão.
Há razão sem argumentos.
Todos os dias muitos brigam.
E a violência fica mais forte.
Todos os dias, muitos lutam.
E as marcas sulcam a pele.
Todos os dias, muitos fogem.
Mas não de sua própria prisão.
Todos os dias, o ar poluido.
A água parecendo lama.
O barulho que ensurdece.
Todos os dias, imagens distorcidas.
No lugar do verde, o cinza.
No lugar do branco, o luto
No lugar do ouro, a ferrugem
No lugar do sonho, a realidade.
No lugar do sempre, o Adeus.