Bendito Inferno! ...que seja o nosso melhor treinador

Perfumes inebriantes, dos mais diversos...

Roupas que adornam neste jogo embriagador, multicor.
Magia arrebatadora, atropela, entorpece...
Ilude e adormece!
 
Bocas que beijam...
Tantas bocas desconhecidas...
Idílio, luz, escuridão, amor, aflição!
Desamor, dor da perdição...
Caminham lado a lado no tempo e no espaço...
De tantos deuses e diabos, na terra do sol!
 
O Sexo, desgraça e desalento para as almas benditas
Que se perdem em plenilúnio...
Sufocadas pela forca da solidão!
No Portal que se alarga as facilidades,
Busca no vazio, o desencontro nos afetos...
Sela por tempo indefinido, a porta do Paraíso!
 
Encantos que encanta,
Canta em todos os tempos...
O amor que destrói...
A virgindade Imaculada!
Faz da ação a inércia, a corrupção, a prostituição..
Da castidade o sofrimento, a degeneração..
Do perdão, o desamor...
 
Luz, Câmera, Ação!!!
Abrem-se as cortinas..
Neste Imperioso cenário, palco da vida...
O movimento em festim, comemora altivo
A beleza que enlaça enganadora, envolvente..
A todo vivente, em busca si mesmo...
 
Hipnose coletiva que paralisa,
Almas inocentes tragadas no encontro,
Do Grande Baile inebriante, diabólico, infernal...
Criativamente preparado, sutil armadilha tecida em fios de ouro e prata da melhor qualidade...
Para o concerto que não para de se inscrever...
No ato da ensinança  a respeito do bem e do  mal...
 
Caminhantes embriagados, seguimos...
Convictos no mais profundo do ser,
Do bem, da beleza, da verdade latente
Em regiões abissais dos Kárdias em fogo,
Que saboreamos frutas tão doces, um dia...
Dádivas oferecidas pelos deuses,
Terrivelmente Divinos..
 
 Mundos Infernais!
Treinadores de formosura única
Que tanto ensina...
Tua borda fere
Beber do teu licor, cega
Tua graça que deslumbra, seduz, aconchega
Nas asas do encantamento...
Aquecendo os corações...
Que tem sede de Viver, de Amar!
 
Tem piedade neste instante...
Liberta sem mais demora, as almas,
Que necessitam voar livres para o bem maior
Desfaz as pesadas correntes,
Grilhões de tempos remotos,
Que ata sem condolências, a ti!
 
Somos luzes que brilham,
No firmamento das Constelações do Criador...
Necessitamos de ar, claridade, ir, não mais aqui, ficar
A mercê do teu indulto, loucas e vãs vaidades luxuriosas...
Que outrora fora nossa clausura...
 
Buscar o universo que nos convoca...
De volta à morada Real,
É o impulso mais forte da essência que vibra,
Pedindo clemência e compaixão!
A sutileza da simplicidade sem forma,
É a leveza que nos resta...
Pois os adereços, não cabem mais...
São pesados fardos deixados para trás, caídos ao chão...

Antes um corpo que tinha Luz,
Agora Almas infinitas, imortais...
Em busca da Paz, nossa herança mais rara, mais cara...
A cena se desfaz, o teu império, acabou...
 
Agraciados fomos pela tua morada, majestoso inferno,
Uma vida no teu berço...
Retirar para sempre a venda dos  olhos,
Que suplicam em lágrimas, a redenção,
Estava escrito, desde o princípio,
Esta seria, a tua mais nobre missão...
 
Tantos séculos se passaram...
Oh! Inferno habilidoso do amor...
Pois és belo e convencedor- convencer com dor
 
Em teu seio...
Coberto por tecido de seda, exala sutil perfume
Onde escondes em secreto o segredo, 
A paradoxal verdade libertadora,

Enfim, a Pedra Filosofal,  magia que dá norte,
Que aponta o caminho para os homens e mulheres valorosos

De volta ao Éden, um dia perdido...
Das Trevas nasce a Luz!

Alice Pinto

http://youtu.be/kKbPK97IuME
Chopin Etude Op.10 No.12 O Revolucionário

escribalice
Enviado por escribalice em 20/08/2012
Reeditado em 21/08/2012
Código do texto: T3840793
Classificação de conteúdo: seguro
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