Santa Ignorância!
Santa ignorância! Algo grita em minha mente. Atormentada pelo demônio da curiosidade que me abriu os olhos desde moleque e seguiu assim, me iluminando e destroçando a ingenuidade. Em cada verdade, algo grita por dentro, mas não sou covarde, não! Tenho esse fardo como bandeira e forma de expressão. E transito bem entre a dor que sinto como ser humano; e que todos de bem deveriam sentir e sentem, quero crer, pois não sou diferente, e a luz em cada um, em cada mar, a cada luar. É como querer expandir-se e o corpo não deixar, é pouco e muito ao mesmo tempo. Temos como teto esse infinito breu salpicado de luz e nos encaixotamos, cada vez mais. Não entendo. E não me venha mandar virar mendigo. Proponho só o esclarecimento de cada um consigo, pros que ainda conseguem ,vez em quando, ouvir um gemido interior que se perde no caminho ao coração, pois já não acha pulsação, a real pulsação, a emocional pulsação, a guiá-lo. Não há de ser vida se não for ouvida tal voz, aquela que é do sonho e que se perde ao acordar e volta ao dormir, aprisionada num ciclo, esperando o ser humano evoluir.