No silencio da Noite
Em tempo. A sorte.
O pensar em espaço diretos, concretos e definidos. O azar. A morte ao despertar. Distancias em tempos. Uma vida em partes.
Sol, tempestade, calor. No mesmo momento.
A noite, silencio, a angustia de vagar. Um som, um vulto, a sombra no andar. A luz, a vela, a chama fazendo dançar. O cheiro da cera. O ar.
Puro anoitecer, escuro, só.
A madrugada, fria, indefinida, linda. Distante. Tão longe o inicio. Um caminho a seguir, em cantos, em pranto, numa saudade que vem.
Tão calma a vida. Tão plena, pequena, faminta.
São belos os sonhos. São cheios de tesouros, abismos, corredores.
A fuga do odio, do mal, e da agonia em querer. Egoismo em luta. A mão em punho.
Casa, pequena casa. Paredes, um teto, a sala, a copa, e o medo do existir.
A teia no canto, no alto, bem proximo da lampada. Uma vida em equilibrio, em linha.
Tecer a saida. Cultivar a esperança de um outro viver. Ali, bem proximo. Transpira um perfume de momento. Transpira o pó, o navegar dos pontos leves, em voo leve.
Um movimento, a parte de um corpo no sofá. A gota na pia. Sol, nem pensar.