TEMPO PRESENTE
Visitei minha cidade onde a infância me sorriu. Passei em suas ruas, hoje calçadas e sujas, e não encontrei ninguém...
Vi muita gente passar, gente tão desconhecida...
É, como os tempos mudaram, quantos amigos morreram...
A colônia italiana, essa, quase que acabou. Vi a antiga igrejinha do “Divino”, fechada à visitação... Ao voltar-me, que espanto, deparei-me a um só tempo com amigos que acenavam. Todos já desencarnaram, pensei, ao vê-los contentes... Só então me dei conta de estar no cemitério...
Suspirei emocionado e rezei pelos parentes, pelos amigos mais íntimos, que jaá se foram, alguns tão jovens...
Minha cidade está morta, que triste constatação...
Muito feia toda torta, faz doer meu coração...
Enfim, posso compreender porque perdi o endereço da cidade onde nasci, de cuja infância não esqueço...