antes do sol se pôr
Sempre antes do sol se pôr
um vento transpassa o meu rosto.
As vezes lembranças de outrora me assolam,
não sou tão bom quanto penso,
talvez indolente.
Um sorriso enverga o tempo.
Deixei de ser eterno
quando o bronze imperecível quebrou-se.
Deturparam a inocência da juventude,
mas meus sonhos são atemporais,
aliás, minha alma discorre caminhos secretos,
estrelas, espinhos, espadas e canções...
Uma voz me remete ao acalanto materno
e um rio deslancha sobre meus olhos.
Um lugar novo, inexplorável, impoluto
cujo o pensamento emerge onipotente
Não podemos voltar atrás,
mas podemos mudar de caminho sempre.
Talvez a sinceridade consigo mesmo ponha as coisas no lugar.
Nem tudo que é novo rejuvenesce,
na verdade, somos vítimas de vícios causados por novidades,
estas, estão sempre à porta, na fresta
Um sorriso enverga o tempo.
Podemos ser eternos,
mas é preciso lapidar o bronze.
A inocência e experiência são paralelos estreitos.
Sonhar nunca é demais,
constrói trilhas e veredas,
estrelas, espinhos, espadas e canções...