antes do sol se pôr

Sempre antes do sol se pôr

um vento transpassa o meu rosto.

As vezes lembranças de outrora me assolam,

não sou tão bom quanto penso,

talvez indolente.

Um sorriso enverga o tempo.

Deixei de ser eterno

quando o bronze imperecível quebrou-se.

Deturparam a inocência da juventude,

mas meus sonhos são atemporais,

aliás, minha alma discorre caminhos secretos,

estrelas, espinhos, espadas e canções...

Uma voz me remete ao acalanto materno

e um rio deslancha sobre meus olhos.

Um lugar novo, inexplorável, impoluto

cujo o pensamento emerge onipotente

Não podemos voltar atrás,

mas podemos mudar de caminho sempre.

Talvez a sinceridade consigo mesmo ponha as coisas no lugar.

Nem tudo que é novo rejuvenesce,

na verdade, somos vítimas de vícios causados por novidades,

estas, estão sempre à porta, na fresta

Um sorriso enverga o tempo.

Podemos ser eternos,

mas é preciso lapidar o bronze.

A inocência e experiência são paralelos estreitos.

Sonhar nunca é demais,

constrói trilhas e veredas,

estrelas, espinhos, espadas e canções...

Deni Sales
Enviado por Deni Sales em 17/08/2012
Código do texto: T3835326
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