De estatura mediana, corpo delgado, maõs àgeis quer com um pincel, quer com outro material, tudo em suas maõs, como mágica, viram arte. Em suas incurções às praias do sul, Coqueirinho, Tambaba, a artista recolhe nesgas de falésias, ela encanta e se encanta. São barros de mil cores, do roxo ao rosa, passando pelo azul e desaguando no branco. Depois de muita alquimia, lá está ela com material para suas obras e surgem telas e instalações escandalosamente belas. O barro jogado na tela por Marlene entra na tela e explode em poesia pura. É um nascer eterno, uma descoberta diária. Por vezes suas obras ultrapassam seu tamanho físico, mas nunca o tamanho da alma.
Com o passar dos anos a sensibilidade foi afinando, foi se solidificando, naquele corpo, aparentemente frágil foi nascendo a artista madura, consciente, plena e foi espalhando mundo afora seus pedaços em forma de arte.
Vivendo entre orquídeas, palmeiras e bichos, é uma apaixonada pela arte, defensora ferrenha da natureza, vive em eterna comunhão com a vida.
Difícil dizer se ela é maior como artista ou como mulher....Mas, certamente, é maravilhosa.
Um beijo de tua irmã, Marly