HOJE NÃO ESCREVEREI VERSOS
Hoje não escreverei versos nem falarei de amor.
Trago na alma um pranto amargo e um olhar sem nenhum calor.
Essas lágrimas que aqui dentro choro, e meus olhos não deixam rolar, são chamas incandescentes querendo me definhar.
Os quereres que antes mantinham esses sonhos querendo existir...são agora boca medonha tentanto me engolir.
E esse grito que me engasga e morre e volta a nascer
é o brado do beduíno querendo sobreviver.
Mas o deserto é imenso e o oásis tão distante...e a cada passo que tento mãos grosseiras me detêm!
Eu sinto meus pés cansados sem vontade de seguir, já sem cores, já sem forma...
Acho que vou desistir!