Sinto-me um ninho, enquanto dormes em meus braços...
Como o tempo escureceu?
Há quem não se importa com Ele, o Deus do tempo.
Meu anjo, como passou rápido! Não há sol apenas sombras,
Silhuetas que anteparam sentimentos,
Comiseração de um dado momento, instantâneo fotográfico.
Ainda há uma linha azul lutando para manter-se sobrea...
Mas as nuvens etílicas têm grande autoridade sobre esse tempo,
Não sobre Ele, o Deus do tempo. Pois quem nos permite que percebamos que já passou, é Ele.
Já é noite... Fria... Mas não solitária... Apenas para as silhuetas que se posicionam para as minhas lentes...
Meia noite: “nossa”...
Sinto-me uma dessas árvores, porto seguro, onde pássaros sentem-se seguros em fazer seus ninhos...
Uma hora da manhã: “nossa”...
O ninho está pronto, sou o ajunte de todos os gravetos e pedaços do possível e do impossível para que a segurança se faça.
Duas horas da manhã: “hflajdfldkjfdl”... O que?
Não importa, o ninho está formado, agora basta velar o sono de cada filhote de pássaro nas árvores em silhuetas. Sinto-me útil, ofício atribuído a mim pelo Deus do tempo.
Cumpro com orgulho, com amor...
O Cupido está rindo, Vênus se desfaz em delírio. Eu estou ainda sobreo, não me afetam.
Sinto-me um ninho, enquanto dormes em meus braços...