Tempo.

O tempo, em nenhum momento,

Oportuniza passagens de volta,

Não dá tréguas em seu segmento,

Tampouco nas compaixões se volta,

Costuma ter suas próprias regras,

E aos poucos, outras vai estabelecendo,

É testemunha de incontáveis entregas,

De cada ato que esteja acontecendo,

O tempo é inimigo da preguiça,

Só para no contador quebrado,

Atento aos tantos moldes da justiça,

Altera idéias em cada enleio conquistado,

O tempo leva a ocasião pela frente,

Pouco importando o que fica para trás,

Se oferece e se vai tão de repente,

Sem se importar com a falta que ele faz,

Por "bom" às vezes se apresenta,

Noutras horas é o pior dos ditadores,

Sempre incansável naquilo que sustenta,

Interferindo na história e seus valores,

Quisera eu poder regrá-lo um tantinho,

Fazê-lo meu emissor em complemento,

Parando na hora que entrego meu carinho,

Pousando eterno em meu pulcro sentimento,

E se eu dominasse este controle cobiçado,

E sobre o tempo eu tivesse influência,

Eu o voltaria a um distante passado,

E seria "teu" por escolha e preferência,

Destinaria para ti o tempo que sobrasse,

Só cessando na ocasião de entrega comum,

Seríamos' par' no pretexto que confortasse,

E de dois, passaríamos a ser somente "um"!

Amaro Larroza
Enviado por Amaro Larroza em 08/08/2012
Código do texto: T3819822
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