Poucas palavras.
Poucas palavras.
Coadunar, pensar o todo, olhar além;
Ter uma visão introspectiva do homem.
Assunto de difícil empresa ao ser comum,
Capacidade de mensurar o óbvio
Sem ser tragado pelo afã do já saber.
Eis o que procuro nos tempos atuais.
Discutir razões, achar soluções,
Sair da passividade ao senso ativo
Reconhecer os fatos com profundidade
Ter o domínio, a propriedade da palavra,
A verbosidade dos palestrantes não convence,
A eloqüência, a facúndia hoje serve para iludir,
Não para provar com argumentos lacônicos
Uma idéia que traga benefícios duradouros.
Vivemos em uma era dos estudos descartáveis
De manhã vende-se um produto, que à noite será obsoleto.
Almas vazias se estendem em discussão insalubres
Só os medíocres têm espaços para expor suas barbáries
Suas maus traçadas linhas que não levam à meta alguma.
Não raro, escuto alguém dizer, que o que importa é o gosto,
O que pensa a maioria, que o artista, sobretudo o artífice da palavra,
Deve primar pelo consenso e não pela discórdia de idéias.
Já disse tudo, creio que não preciso me alongar.
Brasília 15/02/2007
Evan do Carmo