Esperança x Realidade

Ah, esperança!

Quanto és cantada,

Quanto és aconselhada,

Quanto és conforto e salvação.

Tens lá tuas valências

Quando o desespero açoita,

Quando o espírito carece de forças,

Quando o corpo já não suporta seu peso.

Mas aqueles que de ti

Se socorrem, acomodados,

Sempre passivos em sua inércia,

Tenderão a padecer na madraçaria.

É fato que: só na esperança,

Tudo permanece sempre inalterado;

A vida passa e a esperança apenas muda de grau.

Para se realizar os desideratos

Não se pode prescindir do trabalho,

Não se pode dormir nos torpores do verde.

Há que se buscar dentro de si

Todas as forças físicas e mentais

Capazes de promover os câmbios anelados.

Luiz Vila Flor
Enviado por Luiz Vila Flor em 07/08/2012
Reeditado em 08/08/2012
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