Sol de Inverno
Na janela entra o sol que tanto quero só uma fresta, suficiente vem me aquecer neste inverno tão pálido e belo.
O gelo que não se pode ver, o frio parece folhas brancas, não fala apenas nos faz deparar com a intensidade da estação.
O sol brinca na parede fazendo tiras, como linhas não escritas, tão infinitas... Linhas pedindo sonhos, pedindo palavras, suplicando estórias quentes, fogueiras de amores, chocolate que lembram ilusões passageiras.
As minhas mãos cobrem as tiras, meus dedos se aquecem... Uma forma vaga no vazio entre eles dedilha uma canção que escuto no meio do nada, fala de amor talvez como o sol. Na fresta o sol parece um abraço devolvendo os raios da minha alegria.
Descubro, sou um sorriso e brinco de aquecer, como o sol nesta fresta que me rodeia em festa.
Um junho se foi um julho que vem, o inverno segue assim festejando a estação como ninguém.