Pela Nossa Redenção
Fico pensando na razão de alguns momentos serem tão mais intensos, que outros. Quando falo momentos, quero dizer, períodos. Sabe aqueles, nos quais, você que tem que pisar em ovos com você mesmo. Todo cuidado é pouco, pois parece que seu peito vai explodir no próximo arrepio desavisado. Tudo toca demais. Muito mais que o normal...É o que chamo de estar “a flor da alma”... Pois é, já faz um tempinho que estacionei aqui. Sensibilidade levada às últimas consequências. Isto não é uma reclamação. É um registro. Acho que nem saberia mais viver em calmaria. Seria difícil vestir uma rotina pré-estabelecida.
Meu compromisso é com o inesperado, com as entrelinhas que possibilitam o acesso ao encantado. Diariamente, preciso limpar as interferências, os ruídos provocados pelo atrito de viver em poesia... A maioria está em prosa. Concentrada em “vencer na vida”. Eu, não! O que me interessa é a magia percebida. Claro, que não é possível magia alguma, sem dignidade. Então tento me ajustar a este quesito. Confesso, que, com estarrecedora dificuldade. Tento usar o mínimo possível do sistema. Tento me ater à parte sadia, que, ainda há de virar este jogo.
Seria muito mais fácil aderir... Escrever apenas, o que evidenciasse meu talento. E, não, atender tão fielmente, tão integralmente, aos apelos efusivos do processo evolutivo, que percussiona meu coração. Ter que inventar milhares de formas bonitas de dizer, praticamente, a mesma coisa. Pelo menos, até que sinta que o recado foi dado... Ainda estou longe disso. Ainda, o que vinga, é a visão da era de peixes. As regras vigentes ainda são as de peixes. As instituições (argh), infelizmente, também. Para ser sincero, algumas reações minhas, lamentavelmente, ainda carregam esta marca.
O que me diferencia é a persistência. Sou bastante esforçado. Quase sempre, sincero comigo mesmo. Tenho um diálogo aberto com minha consciência, com meus exacerbados sentimentos. E é, por respeito a estes, que preciso permanecer em voo! Já sofri demais. Detesto sofrimento!!! Sou do time do congraçamento. Interesso-me pelo bom coletivo. Entendi que é assim que me sinto mais próximo, mais pertencente ao Universo. Aqui, o ofício flui espontaneamente. Não dá pra mensurar a pressa que tenho, em passar adiante, tudo que posso. Sei que tenho que respeitar o tempo. Até para dar corpo ao meu argumento. É pra isso que vivo. Sensibilizar a alma de meus irmãos, para a verdadeira melodia da eternidade. Toda ela escrita em sutilezas, em delicadezas, em pequenos desdobramentos do exercício consciente e generoso da afeição.
Tem mais, em poesia e vídeo, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/08/pela-nossa-redencao-premencia.html
