DESERTO
Na minha rua os poemas tem adormecido sobre a luz da lua. Sinto falta deles bebados, dançando soltos e sem pudor pelas madrugadas. Eles tem se escondido também, por partes, dentro das folhas de um caderno preguiçoso, que ousa descansar dentro de uma gaveta. Os sentimentos continuam, mas há sentinelas nos poros cerceando a exposição de minha alma. Rosa Berg