Em Nenhum Lugar

O vinho de teus lábios é doce

Embriaga cada um dos meus sorrisos

Na valsa das palavras falo- te coisas desconexas

Desconexo sou eu na imensidão das águas

Águas jorradas de tua alma

Escondidas no soluço abafado

Enterrado no travesseiro a cada fim de tarde.

No vão me apresento a ti.

Como um fantasma épico

Atravesso tuas barreiras e percebo teus pensamentos

Sorrisos tortos que cercam seus meios.

Mascaras sutis que esconde tuas falas e emudece teus amores.

No caminho que segue entre as pedras do mar

Passos rápidos perseguem a ida!

Não mais veras o porto onde teu barco ancorado faz morada.

E na penumbra da silhueta apresada te persigo

Escarnecendo os dias, assombrando a noites.

No amor falho deixado para outros dias mostro-me á ti

Como um quadro borrado deixado a empoeirar...

Sim eu persigo não por vingança ou castigo, mas por amor ao teu medo.

Aos teus desejos que me querem perto e no sangrar de tuas flores Permaneço entre as variações das ondas que te beijam o corpo.

Aquieto-me nas lembranças de tuas falas e ao teu lado

Descanso sem ponderar a mudança dos ventos que me arrastam

Me importa apenas o calor

O corpo no seguir da noite

E como uma canção sem melodia cessa.

Wal Stone
Enviado por Wal Stone em 05/08/2012
Reeditado em 10/01/2013
Código do texto: T3815158
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