Poética da Confissão
I
Ai, meu fi...
Você quer eu saiba o que fazer de mim
quando nem eu sei o que fazer de ti
entre os dias que te tenho!
II
Sabe que eu também não entendo
por que sou fraca,
e não aguento certas pancadas
(de saudade)
Nem suporto certas verdades
que falas...
III
E ainda não sei se te irrito porque escrevo
ou se te irrito porque só escrevo
e não simplifico nem faço mais que isso...
É o meu modo
e pra melhorar, me falta coragem até aos ossos
hoje quase desenvolvidos. *
IV
Mas é que o sentimento que a distância deixa sobrando
ocupa os finais de semana do ano
e a mente sã que definha!
E quem não souber lidar com tal realidade,
vai viver chorando de saudade
como eu nas minhas linhas...
V
Sei que virias,
mas o tempo de mim precisa
e dele preciso eu.
Porém saiba
que o afastar-se não é falta de amar
nem o afeto é pouco
É só a tentativa de aprimoramento
necessário para amor de dentro
dedicado ao outro